Você sabia que o Brasil já exportou alguns de seus clássicos caminhões Mercedes, Volkswagem e Ford Cargo para os Estados Unidos?
Na década de 80, caminhões brasileiros se misturaram aos americanos em um icônico período de exportações, vamos começar pelos Volkswagen, a marca havia se instalado no Brasil no início da década de 80, lançando os semipesados 11130 e o 13130, eles iriam para os estados unidos não como Volswagem, mas como Peterbilts e Kenworths, marcas pertencentes ao grupo paccar, e que estava sem uma linha de caminhões COE para oferecer à necessidade americana, e juntandose ao desejo da VW de expandir mercados, a parceria entre as duas empresas foi celebrada em 1985 para o fornecimento de caminhões, num acordo de 10 anos, claro que os caminhões, deveriam ser adaptados à realidade americana, o chassis passou a ser de longarinas retas, recebia pneus sem câmara e rodas do tipo disco, no lugar dos pneus com câmara e rodas raiadas brasileiras, e motor Cummins 6CT8.3 de 8,3 L de 210 cv, acoplado a uma caixa de câmbio Fuller de 6 marchas.

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No Brasil, a experiência contribuiu para melhorias, levando a empresa a lançar os 14210/16210, e elevar a potência dos outros modelos.
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Outro Brasileiro que foi exportado para os estados unidos, foi o Ford Cargo, que originalmente nasceu na Europa, mas chegou aqui em 1985, onde, assim como os VW recebia motores MWM de 130cv, e e os Ford FTO, que na versão 6,6L, produzia cerca de 150 cv.
Nos estados unidos, a chagada deles, importados do Brasil, se dava para substituir a antiguíssima série C da ford, para se adequar ao mercado americano também recebia as devidas adaptações, nas rodas, pnus, e sistemas de iluminação, na motorização, não levava o MWM, apenas o FTO 6,6L, e um 7,8L, motores que também foram levados para uso em seus chassis de média capacidade e ônibus escolares, até início da década de 1990.

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O cargo teve uma boa aceitação por lá, o que fez com que ele passasse a ser fabricado, dois anos depois, nos Estados Unidos, cessando a exportação brasileira.
Já em 1997 da linha de caminhões pesados da Ford americana foi vendida para a Freightliner, que levou a produção do Cargo, que passou a ser comercializado e vendido nos Estados Unidos sob as marcas e modelos Freightliner FC e Sterling SC até o ano 2007.
A Mercedes Benz Brasileira, líder de mercado, já trabalhava com exportações a bastante tempo, e na segunda metade da década de 1980, também resolveu colocar algumas fichas no mercado norte americano. A demanda era por veículos da faixa de 13 toneladas de PBT (Peso Bruto Total). Entretanto, para ser algo competitivo, a Mercedes precisava de motores potentes, coisa que ela não tinha disponível no Brasil em seus caminhões para 13 toneladas, ou mesmo 22,5 toneladas, como já falamos nos caminhões anteriores, eram caminhões com apenas 130cv, ou na melhor das hipóteses chegaria aos 168 cv com turbocompressor, ao passo que o OM355/5 também era inadequado para o modelo exportação, assim, a Mercedes aproveitou do desenvolvimento de um motor baseado no OM352 para equipar sua linha americana, o OM366, de 5,96 litros, que em sua versão turbocooler chegava aos 190cv.
Por fim, esse motor, montado num chassis e cabine do L1519 e câmbio de 5 marchas dos mesmos 1113, dava origem ao L1319, com modificações no sistema de iluminação e sinalização para atender às normas americanas, com rodas de alumínio e pneus sem câmara.

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Constase também que a Mercedes Fabricou outros modelos com o motor OM352 turbo, para exportação, como os 1116 e 1117. Outro fato é que os Estados unidos receberam modelos mercedes exportados de outros países, como Argentina, incluindo modelos menores, e também versões com câmbio automático Alisson.
Como ocorreu com os modelos de outras marcas exportados, a experiência com os modelos americanizados para exportação serviria de aprendizado para evolução dos caminhões nacionais, a mercedes, aproveitase para testar seu novo motor OM366 que equiparia em breve a nova família de caminhões, por isso, segundo informações, cerca de 50 exemplares do 1319 foram distribuídos a frotistas brasileiros selecionados, para realizarem testes, deixando um legado como base para a família HPN.
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