A Polícia Federal encontrou no computador de Alexandre Ramagem uma gravação de áudio de uma reunião com Bolsonaro, na qual discutem um plano para blindar Flávio Bolsonaro de investigações sobre as rachadinhas. As investigações mostram que Bolsonaro deu aval a um plano de Alexandre Ramagem para abrir procedimentos contra os auditores fiscais que investigaram o senador. A situação liquida completamente a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro, além de complicar ainda mais a complicada situação do expresidente. Não há mais defesa para Bolsonaro.

00:00 Bomba para Bolsonaro
A Polícia Federal encontrou um áudio de reunião onde Bolsonaro e Alexandre Ramagem discutem blindar Flávio Bolsonaro das investigações das rachadinhas. A situação prejudica a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio e complica ainda mais a situação de Bolsonaro.

00:57 Áudio de Bolsonaro
Segundo Aguirre Talento, do UOL, a Polícia Federal encontrou no computador de Alexandre Ramagem uma gravação de áudio de uma reunião com Bolsonaro, na qual discutem um plano para blindar Flávio Bolsonaro de investigações sobre as rachadinhas. As investigações mostram que Bolsonaro deu aval a um plano de Alexandre Ramagem para abrir procedimentos contra os auditores fiscais que investigaram o senador. A gravação tem duração e uma hora e teria sido feita por Ramagem

02:15 Obstrução de Justiça
A estratégia de Alexandre Ramagem para proteger Flávio Bolsonaro deu certo e a investigação acabou sendo anulada. Os agentes da Abin teriam sido instruídos a encontrarem situações comprometedoras dos investigadores do caso das rachadinhas de Flávio Bolsonaro. O áudio mostra o uso da estrutura da Abin para defender os interesses pessoais de Bolsonaro. Isso é uma clara obstrução da justiça.

03:32 Estrutura de ataque
Em determinado momento, as investigações contra Bolsonaro e seu governo iriam começar a se cruzar, ocorrendo a necessidade de unificação e todos os inquéritos. A estrutura de ataque era sempre a mesma: estruturas do Estado para atacar o próprio Estado. A mesma ideia utilizada para proteger Flávio Bolsonaro foi usada para encontrar situações comprometedoras de ministros do STF, justificando as quebras de sigilos que eram estimuladas pela minuta golpista.

05:24 Conexões da PF
A Polícia Federal trabalha para encontrar e concretizar as conexões entre os inquéritos que envolvem Bolsonaro e a ação em grupo. Ao todo, a PF busca conexões em pelo menos sete investigações para apurar a existência de uma organização criminosa instalada no Planalto durante o governo Bolsonaro. Segundo os investigadores, o expresidente seria o cabeça do grupo e o personagem central de diferentes frentes de apuração. O relatório da PF sobre o inquérito das joias detalha a conexão dos diferentes inquéritos.

06:44 Problemas de defender
O grande medo dos aliados de Bolsonaro não está nos novos indiciamentos do expresidente, pois esses já são certos por todos os bolsonaristas. O problema são novos elementos surgirem, que exigirão respostas e explicações. Pior do que o indiciamento no caso das joias, foi a troca de mensagens entre Bolsonaro e Mauro Cid. A defesa e as explicações para tais situações são constrangedoras. Eduardo Bolsonaro passou vergonha em entrevista ao vivo na CNN Brasil por não saber como defender o pai.

07:39 Candidatura inviável
A candidatura de Alexandre Ramagem para ser prefeito do Rio de Janeiro ficou inviável após as revelações do áudio organizando a proteção de Flávio Bolsonaro junto com Bolsonaro. O deputado já estava muito mal avaliado nas pesquisas, aparecendo na terceira posição, atrás de Tarcísio Motta, do Psol, um resultado desastroso. Com todas as acusações e investigações, Ramagem não terá condições de se colocar como um candidato viável contra Eduardo Paes, ou para evitar o desastre para Bolsonaro.

08:28 Relação com Marielle
O envolvimento de Flávio Bolsonaro com o caso Marielle Franco ocorre justamente pelo envolvimento com a especulação imobiliária. A delação de Ronnie Lessa é muito clara para a motivação do caso Marielle Franco: expansão da especulação imobiliária da milícia em determinadas áreas do Rio de Janeiro. Os mandates do caso, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, possuíam negócios em Rio das Pedras, onde Flávio também possuía. Marielle atrapalhava a especulação imobiliário miliciana, sendo eliminada por isso.