Luís Rendilheiro, um paraplégico da Murtosa, teve a necessidade de ser assistido no Hospital de Aveiro e para o seu regresso à Murtosa ligou aos Bombeiros e foilhe recusado o transporte de volta, alegando que ele devia uma quantia na ordem dos 50€.
Além de ser recusado o transporte, ainda foi gozado, recebendo o conselho de que viesse a pé, ou na cadeira de rodas. O mais caricato é que ele pediu que o levassem também a uma ambulância da Murtosa que tinha ido ao Hospital de Aveiro e mesmo assim foilhe recusado o transporte, voltando a ambulância vazia para a Murtosa.
Já desesperado, o Luís pediu a ajuda de um amigo que o foi buscar a Aveiro. De realçar a prontidão dos bombeiros de Estarreja que lhe ofereceram boleia.
Depois deste caso e de outros que temos conhecimento, penso que estará na altura de prensar o papel dos Bombeiros Voluntários da Murtosa e talvez equacionar a retirada da palavra "voluntários" e passarem a empresa com fins lucrativos.
De certeza que os homens e mulheres que ajudaram a erigir os Bombeiros na Murtosa não tinham como objectivo tais metas mercantilistas e é de lamentar que os nossos bombeiros, que têm ajudas da população, da Câmara e de outros organismos tenham deixado um deficiente motor longe da sua casa por uns míseros 50€.