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CONSERVATÓRIA - A CIDADE DAS SERENATAS

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CIDADES & VIAGENS

DATA DA GRAVAÇÃO DO VÍDEO: 02/04/2023
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Conservatória é o sexto distrito do município de Valença, no estado do Rio de Janeiro.

Anteriormente denominado Povoado de Santo Antônio do Rio Bonito, situase em um vale da Serra do Rio Bonito, com área aproximada de 240 km². Faz divisa com o estado de Minas Gerais, com os distritos de Santa Isabel do Rio Preto, Parapeúna, Pentagna, Valença (sede do município de mesmo nome) e com o município de Barra do Piraí.

História
Conservatória cresceu e prosperou durante o ciclo do café da economia brasileira, a partir do século XIX. A cidade, hoje distrito do município de Valença, foi um importante elo na produção e circulação do produto, levando mais de 100 fazendas a plantarem o café e o escoavam pelo antigo caminho ferroviário que vinha das Minas Gerais e ia para a Corte, na cidade do Rio de Janeiro, de onde seguia para o porto e outras cidades do país.

Cabe observar que o centro histórico de Conservatória, que antes representava a própria cidade, registra a primeira urbanização projetada por um engenheiro no Brasil. Projeto do engenheiro italiano Cezar Capolino, contratado pelos grandes fazendeiros plantadores de café da região, para esse trabalho. Conservatória ostenta o formato perfeito de um triângulo, com ruas e calçadas com larguras generosas.
O primeiro registro da localidade data do final do século XVIII, a partir de um relato de 1789, em que Conservatória era reserva dos índios Araris, "elegantes e desembaraçados", segundo o naturista Milliet de SaintAdolphe, um dos primeiros historiadores a registrar o fato.
Diversas histórias justificam a origem do nome, sendo que comprovado historicamente, diz que no lugar foi implantado um "conservatória" para registrar e catalogar os índios, o que fez com que o povoado de Santo Antônio do Rio Bonito, passasse a ser conhecido como "Conservatória dos índios", um lugar de excelente clima e protegido por montanhas, onde os Araris se recolhiam para se recuperar de doenças que dizimavam as tribos e local no qual resolveram se instalar definitivamente.

Em 1826, existiam cerca de 1.400 índios aldeados na reserva, vivendo felizes no lugar de onde seriam exterminados pelos desbravadores colonialistas. Vestígios dos Araris, como artefatos em cerâmica e algumas ossadas, já foram encontrados em escavações feitas em diversos locais da região.
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Trabalho escravo
Com a colonização, o povoado ganhou inicialmente o nome de Santo Antônio do Rio Bonito, em homenagem ao padroeiro da cidade e ao rio que atravessa a região. Mas a tradição dos índios falou mais alto, e o nome Conservatória ficou marcado para sempre. A prosperidade e riqueza vieram com a expansão da cultura do café, que utilizou largamente o trabalho escravo.
As centenárias construções da vila, em estilo colonial, algumas do século XVIII, até hoje preservadas, evidenciam sua origem e algumas, inclusive, ainda ostentam telhas de época. As ruas principais mantêm as pedras de pédemoleque originais da construção.
O braço escravo também está presente em outros monumentos da cidade, como a Ponte dos Arcos construída para dar passagem a um dos trechos da antiga Rede Mineira de Viação, ConservatóriaSanta Isabel do Rio Preto (e daí até Santa Rita de Jacutinga, em Minas Gerais) , exemplo histórico da engenharia da época, com traços perfeitos e utilização de óleo de baleia com argila nas ligas das pedras.
Ou o Túnel Que Chora assim conhecido por conta das gotas vindas da nascente sobre ele , com 100 metros de extensão, cavado na pedra bruta a mão pelos escravizados e por onde trafegava a Maria Fumaça.
A prosperidade econômica do final do século XIX deu início a outra tradição na vila: a das serenatas a música cantada sob o sereno. As serenatas sempre foram tradição em qualquer cidade do interior, assim como também na Capital do Estado. Entretanto, ao final da década de 50,mais precisamente em 1958, José Borges de Freitas Netto, carioca do Irajá, advogado e funcionário da delegacia do trabalho de São Paulo, teve a ideia despretensiosa de registrar nas fachadas do casario, plaquinhas de aço inoxidável, com o nome de músicas e respectivos autores que haviam se mantido na memória romântica popular.
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Um dos grandes motivadores da tradição da música na cidade é o Museu da Seresta (hoje extinto), que tinha acervo de músicas de serestas, criado pelos irmãos Joubert Cortines de Freitas e José Borges de Freitas Neto, já falecidos, e reunindo os seresteiros às sextasfeiras e sábados à noite, que de lá saiam para cultivar o hábito, raramente quebrado, de cantar pelas ruas da cidade. Hoje a tradição se mantem com encontros na Casa de Cultura e na "Rua do Meio"

posted by cigcite5i