Recémempossado como Diplomata no Ministério das Relações Exteriores, o meu convidado desta semana é um exemplo de que, ainda que o mundo não pareça acolher o seu sonho, você tem, sim, a capacidade de realizálo. O primeiro deles, Tércio Rocha realizou ao se tornar músico erudito. O segundo e maior de todos, conquistou ao superar as dificuldades impostas pela sociedade a um menino negro e pobre, e ser aprovado para Diplomata num dos concursos de mais alto nível do país.

A história de Tércio, filho de um professor de música e de uma dona de casa, está intimamente ligada ao gosto pela leitura, estimulado por seus pais desde cedo. Estudioso, ainda criança ele "devorava" os livros que Seu Valdemar e Dona Ana compravam para ele e seus irmãos. Apesar de, na juventude, ter bloqueado o próprio sonho por acreditar que a carreira na diplomacia nunca seria possível, ele continuou acreditando na Educação e no emprego público como a melhor forma de mudar de vida. Foi aprovado em um concurso de nível médio, cursou um mestrado, mas ainda se sentia incompleto.

Depois de fazer pedir a Deus que mostrasse a ele onde estaria a sua realização pessoal e de cogitar até mesmo tentar a vida no Canadá, Tércio se deparou com a divulgação de um edital para concessão da “BolsaPrêmio de Vocação à Carreira de Diplomata”. O sonho estava vivo novamente. Em 2018, já estudando com o Gran, ele conquistou sua primeira BolsaPrêmio. Mas o caminho até a diplomacia seria cheio de percalços: quatro reprovações, a pandemia e a morte precoce de um dos seus irmãos, aos 33 anos. O concurso? Uma verdadeira maratona de 40 anos de prova divididas em 10 sessões durante 6 dias.

Exatamente sete anos após o dia em que adquiriu no Gran o curso para a primeira fase do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) e assistiu à sua primeira aula, ele foi nomeado Diplomata. Há muito mais curiosidades e detalhes nessa história incrível que vamos conhecer hoje. Vamos juntos?