Mosteiro de Santa Maria das Júnias

A acolhedora aldeia de Pitões das Júnias está situada entre o planalto da Mourela e os penhascosos relevos do Gerês, na cota dos 11001200 metros, no Município de Montalegre.
Sobre a origem de Pitões das Júnias, acreditase ser a herdeira natural ou a substituta da velha aldeia de Juriz, localizada a cerca de 1.300 metros a sudoeste do atual lugar e que, segundo os arqueólogos, poderá tratarse da aldeia medieval de Sancti Vicencii de Gerez, referida nas Inquirições Afonsinas de 1528. Da velha aldeia restam apenas alguns muros e vestígios de arruamentos, tendo sido completamente esquecida pelo povo e, ao longo do tempo, envolvida pelo carvalhal. Não é normal que uma aldeia seja completamente abandonada como aparentemente terá sido a velha Juriz…. Imaginase que a aldeia tenha sido abandonada devido à peste negra ou alguma outra praga que a todos afastou, não tendo sido mais utilizada desde o séc. XV.

O Mosteiro de Santa Maria das Júnias está classificado como Monumento Nacional desde 1950.
Este mosteiro remonta a um antigo eremitério préromânico, fundado no século IX. Encontrase a cerca de dois quilometros da aldeia de Pitões das Júnias num vale estreito, de difícil acesso e longe dos caminhos e de lugares habitados.
Esta primeira comunidade de monges das Júnias dependia da pastorícia, facto que acentuou o seu carácter humilde e ascético.
O templo tem nave única e uma capelamor que é a estrutura mais bem conservada do cenóbio. Fachada principal da igreja terminada em empena de cornija truncada por dupla sineira, tendo portal de arco de arco pleno.
Tendo sido durante o século XII entregue à Ordem de Cister, e, após a extinção das ordens religiosas em Portugal, no ano de 1834, o mosteiro foi abandonado e, alguns anos depois, deflagrou um incêndio que apenas deixou a igreja em pé.
A igreja é a única que está conservada. É uma igreja de nave única longitudinal, com cobertura de madeira e telhado de duas águas.
A igreja do mosteiro é palco de uma romaria anual, a 15 de agosto, a que acorrem gentes de Pitões das Júnias e de povoações vizinhas.
Pitões é a povoação mais alta de Barroso.


Monastery of Santa Maria das Júnias

The welcoming village of Pitões das Júnias is located between the Mourela plateau and the cliffy reliefs of Gerês, at an altitude of 11001200 meters, in the Municipality of Montalegre.
Regarding the origin of Pitões das Júnias, it is believed to be the natural heir or replacement of the old village of Juriz, located approximately 1,300 meters southwest of the current place and which, according to archaeologists, could be the medieval village of Sancti Vicencii de Gerez, mentioned in the Afonsine Inquiries of 1528. Only a few walls and traces of streets remain from the old village, having been completely forgotten by the people and, over time, surrounded by oak forest. It is not normal for a village to be completely abandoned, as the old Juriz apparently was…. It is believed that the village was abandoned due to the Black Death or some other plague that drove everyone away, and has not been used since the 19th century. XV.

The Monastery of Santa Maria das Júnias has been classified as a National Monument since 1950.
This monastery dates back to an ancient preRomanesque hermitage, founded in the 9th century. It is located approximately two kilometers from the village of Pitões das Júnias in a narrow valley, difficult to access and far from paths and inhabited places.
This first community of Júnias monks depended on pastoralism, a fact that accentuated their humble and ascetic character.
The temple has a single nave and a chancel, which is the best preserved structure in the monastery. Main facade of the church ending in a cornice gable truncated by a double bell tower, with a fullarch portal.
Having been handed over to the Cistercian Order during the 12th century, and, after the extinction of religious orders in Portugal, in 1834, the monastery was abandoned and, a few years later, a fire broke out that only left the church standing.
The church is the only one that is preserved. It is a church with a single longitudinal nave, with a wooden roof and a gable roof.
The monastery church is the scene of an annual pilgrimage, on August 15th, attended by people from Pitões das Júnias and neighboring villages.
Pitões is the highest town in Barroso.