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O motor de partida sofreu poucas alterações desde a sua invenção lá nos primeiros carros a combustão, mas nos últimos anos a redução de peso e de custo para produzir os carros trouxe a necessidade de um motor de partida com menos consumo de energia. Essa mudança traz consigo um motor de partida menor e mais leve, uma bateria menor e com menos capacidade de CCA e também cabos com menos espessura interna de cobre. A peça central que proporcionou toda essa mudança e evolução foi a planetária.
No motor de partida mais convencional que utiliza o sistema antigo de funcionamento temos o conjunto induzido/impulsor que estão diretamente acoplados um ao outro sendo que no momento que o induzido recebe a energia das escovas ele gira e junto com ele gira o impulsor exatamente na mesma velocidade e torque. E isso funciona muito bem por isso é usado a mais de um século.
Mas em um dado momento o motor de partida ganhou uma nova configuração, ao invés de utilizar o antigo conjunto induzido/impulsor agora o sistema conta com uma peça central formando o novo conjunto induzido/planetária/impulsor. Essa planetária central está diretamente em contato com as outras duas peças fazendo com que no momento em que o induzido recebe a energia das escovas e gira girando também a planetária ela não entrega exatamente a mesma velocidade de rotação para o impulsor, ao invés disso ela entrega uma rotação com menor velocidade mas com um torque muito maior. Ora se mesmo com uma velocidade menor o motor de partida ainda consegue movimentar o motor a combustão até ele entrar em funcionamento então esse sistema é perfeito.
O pulo do gato nesse cálculo é que se o induzido consegue fornecer muito mais torque do que o motor precisa então esse induzido pode ser muito menor e produzir apenas um pouco a mais do que o torque necessário para dar a partida no motor em que ele está instalado. Essa análise fez com que fosse possível reduzir em mais de 30% o tamanho, peso e consumo de energia do induzido para ele desempenhar a mesma função, com menos consumo é possível reduzir o tamanho e o peso da bateria bem como a espessura dos cabo de alimentação e convenhamos que tudo o que a indústria automotiva busca no últimos anos é a redução de custos e quanto menor a bateria e cabos de um carro menor o custo da sua produção.
É interessante repararmos aqui como essa evolução automotiva se deu não em prol do desempenho, estética ou dirigibilidade do carro mas sim por questões técnicas e financeiras. O cliente e usuário final do carro nem sonha com isso, mas é algo muito interessante para nós que trabalhamos com carros e acompanhamos as evoluções.
Obrigado por em acompanhar até aqui e eu te aguardo com o nosso próximo assunto, valew.


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