A arte é atemporal.
Claro ela fala muito sobre a época em que ela foi feita, mas a sua interpretação e a sua capacidade de atingir as pessoas extrapola qualquer barreira.
Hoje quero compartilhar uma história sobre um quadro, um vulcão e uma sala de aula. Espero que o tema mais intimo agrade, pois gostei de expor essa história.
Poema da abertura:
O Grito (Renata Pallottini 'A Faca e a Pedra' )
Se ao menos esta dor servisse
se ela batesse nas paredes
abrisse portas
falasse
se ela cantasse e despenteasse os cabelos
se ao menos esta dor se visse
se ela saltasse fora da garganta como um grito
caísse da janela fizesse barulho
morresse
se a dor fosse um pedaço de pão duro
que a gente pudesse engolir com força
depois cuspir a saliva fora
sujar a rua os carros o espaço o outro
esse outro escuro que passa indiferente
e que não sofre tem o direito de não sofrer
se a dor fosse só a carne do dedo
que se esfrega na parede de pedra
para doer doer doer visível
doer penalizante
doer com lágrimas
se ao menos esta dor sangrasse
#OGRITO
#KRAKATOA
#ARTEDESEGUNDA
Rodrigo Retka e Arte de Segunda nas redes sociais:
/ canalartedesegunda
/ rodrigoretka
Your Intro de Audionautix está licenciada sob uma licença Creative Commons Attribution (https://creativecommons.org/licenses/...)
Artista: http://audionautix.com/