Neste vídeo, o Dr. Paulo fala sobre um Novo Tratamento para Urticaria, que pode ser utilizado especialmente naqueles casos em que os tratamentos tradicionais com Antihistamínicos não alcançam melhora.

Basicamente, nós temos dois tipos de urticaria, a Aguda e a Crônica Espontânea.

A Urticaria Aguda é aquela que costuma durar menos de 6 semanas, pode ser desencadeada por alguma substância, um produto externo (como frutos do mar ou medicamentos), que quando entra em contato com o paciente, acaba provocando a crise. Basicamente nessas situações, a pessoa deixa de ter contato com o agente causador, e resolvese o quadro de urticaria.

Já a Urticaria Crônica Espontânea, geralmente tem duração superior a 6 semanas, e nesses casos, na maioria das vezes, não tem um elemento desencadeante. O paciente então tem que fazer um tratamento medicamentoso até que as lesões estejam sob controle.

Os medicamentos conhecidos como Antihistamínicos, na maioria das vezes, controla a urticaria muito bem. Porém, cerca de 10 a 20 por cento dos pacientes não tem um controle adequado com esses medicamentos.

Mas como os Antihistamínicos agem?

Eles atuam inibindo a liberação da histamina, que é a substância responsável pela formação das lesões de pele que caracterizam o quadro de urticaria, essa substância é produzida por uma célula chamada Mastócito.

E essa célula Mastócito, para produzir a histamina, tem que ser estimulada por um anticorpo chamado IgE.

É aqui que entra essa nova classe de medicamentos, conhecida como AntiIgE. Tratase de um medicamento que inibe a ação desse anticorpo, que, ao não estimular os Mastócitos, não desencadeia a reação alérgica.

Um medicamento dessa classe que podemos usar para o tratamento da urticaria é o Omalizumabe (Xolair), que é uma droga aparentemente segura. Tratase de uma injeção para aplicação subcutânea, que deve ser aplicada, geralmente, com intervalo de um mês entre as doses.

Os AntiIgEs são medicamentos muito potentes, e a maioria dos pacientes que não responde ao tratamento com Antihistamínicos tem uma resposta muito boa com o Omalizumabe. Porém, infelizmente nem todos os pacientes são responsivos a esse tratamento também.

Então, se após 6 meses de tratamento, o paciente não tiver uma melhora significativa, um bom controle do quadro, talvez ele não seja responsivo a esse medicamento também.

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Importante: antes de iniciar qualquer tratamento, procure avaliação médica.
Médico dermatologista. Londrina – Paraná
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