É fácil: explico o significado das principais expressões e palavras que podem aparecer em um rótulo de vinho italiano.


00:00 Abertura
00:57 Regiões da Itália
A Itália tem o foco no Terroir, isto é na região produtora. Assim, o rótulo faz menção à região.

03:13 Pirâmide de qualidade
Além da região em que o vinho foi produzido, o rótulo italiano indica a classificação desta região.
Na base da pirâmide estão os vinhos chamados Vino da Tavola. São os mais simples no que diz respeitos as restrições de produção. O produtor pode usar a uva que bem quiser e estas podem ser provenientes de qualquer região da Itália. O Produtor tem liberdade total. Estes vinhos são simples e baratos.

04:45 IGP IGT
Em um degrau acima da pirâmide, temos os vinhos IGT ou IGP, são sinômimos.
IGT Indicazione Geogragica Tipica
IGP – Indicazione Geografica Proteta
Aqui já começa a ter restrições. Nâo é possível utilizar uvas de todas a itáilia, mas de uma região mais delimitada. Mesmo assim são grandes regiões e podem coincidir com as grandes regiões produtoras mencionadas, como Veneto, Piemonte Puglia.
Exemplo: um vinho escrito no rótulo Toscana e em letras pequenas IGP – Indicazione Geografica típica. Significa que as uvas vieram da Toscana e, provavelmente, este vinho seja um blend de Sangiovese, que é a principal uva da toscana, com outras uvas.

06:16 D O C
Um degrau acima na Pirâmide, temos os vinhos.
DOC – Denominazione de Origine Controlata. O que faz um região ser classificada como DOC: o fato de ter sido reconhecida, no passar dos anos, como produtora de um vinho com características próprias. São regiões bem menores que as IGP, com regras mais restritas, maior exigência de controles, regiões rigorosamente prédefinidas, limitação de cepas, inclusive de rendimento por hectare.

09:48 D O C G
No topo da pirâmide estsão os vinhos DOCG – Denominazione de Origine Controlata e Garantita. Com regras ainda mais rígidas, com especial ênfase na redução de rendimento por hectare. Em acréscimo, os vinhos também passam por uma câmara de avaliação especial, que garante a qualidade antes do engarrafamento. Geralmente apresenta um selo no gargalo da garrafa com a expressão DOCG.

11:45 Classico.
Muitas destas regiões existem há décadas, algumas há séculos, como o caso de Chinti e, por vários motivos, elas foram ampliadas para alcançar produtores que estavam fora da região. Mas, para que o consumidor pudesse identificar os vinhos produzidos na região menor, que primeiro foi demarcada, estes vinhos recebem Clássico.

13:44 Riserva.
Atenção, na Itália, diferente que ocorre na Espanha, Riserva não significa, necessariamente, que o vinho tenha passado por barrica, isto é por madeira. Riserva na Itália, significa que o vinho permaneceu amadurecendo no produtor por tempo superior ao prescrito pela respectiva região. Este amadurecimento pode ser ocorrido em barris, em toneis de inox, em tanques de cimento ou na própria garrafa.
Exemplo, um Chianti Clássico Riserva significa que permaneceu no produtor um tempo maior do que um Chianti Clássico.

14:59 Superiore.
Significa que o vinho tem um teor alcóolico maior do que aquele estabelecido para a região, geralmente meio grau ou meio por cento a mais. A importância de um vinho com álcool um pouco maior revela que as uvas conseguiram uma maior maturação.

15:49 Passito: É o vinho feito com uvas que passaram por um processo de secagem. As uvas ficam quase passas.
Outras expressões
. Azienda: Produtor;
. Fattoria: Propriedade.
.Tenuta: Propriedade.
.Amabile: Semidoce;
. Rosso Tinto
.Chiaretto: Rosé;
. Novello: Vinhos muito jovens e que devem ser consumidos em, no máximo, três meses;

16:17 Nome da uva.
Há vinhos que somente constam o nome da região, sem menção da casta: Chianti, Barolo, Prosecco, etc.
Alguns mencionam a casta e o lugar:
Brunello de Montalcino,
Barbera D’Asti,
Fiano de Avelino,
Montepulciano D’Abruzzo,
Não confundir com Rosso de Montepulciano.


Sou Mauricio Ferreira, um Apaixonado por Vinhos, e minha missão é levar o conhecimento sobre o mundo do vinho de forma simples e descomplicada, de maneira que todos entendam.
Creio que, no mundo do vinho, "quanto mais você conhece, melhor você escolhe e mais você aprecia".
Sou Certificado pela Wine & Spirit Education Trust WSET, Níveis 1, 2 e 3.
Atualmente sou aluno da Wine Scholar Guild, no French Scholar Wine, um curso aprofundado sobre vinhos da França.